Tudo começou por volta dos meus 25 anos, quando comecei a notar os meus cabelos mais ralos. A queda não foi total, como quando a gente passa as mãos nos cabelos e eles saem aos montes, ou quando encontramos fios por toda a casa: foi pior, com os cabelos caindo aos poucos. Dessa forma, a gente só se dá conta quando já estamos com um buraco no couro cabeludo, e aí pode ser muito tarde para a recuperação total dos bulbos.
Nessa época, já fazia dois anos que eu conhecia o meu atual marido, Alessandro Corona, italiano da cidade de Roma.
Quando o conheci, ele já tinha problemas de calvície e sofria com isso. Já tinha procurado todos os recursos à disposição na ciência para reverter ou resolver esse mal, até conhecer o método de reconstrução do couro cabeludo chamado “Capelli Naturali a Contatto” – o Sistema CNC®. Ele foi o primeiro a aderir a esse tratamento, e essa foi a minha salvação porque, no ano seguinte, iríamos morar na Itália.
Lá tive acesso a um ótimo médico dermatologista com especialidade em couro cabeludo. Marquei a consulta, o médico realizou em mim o exame Tricotest® e, de cara, foi diagnosticada a calvície, sendo que já havia muitos bulbos atrofiados. O médico me pediu também uma série de exames hormonais e me disse que esse afinamento já estava ocorrendo há uns quatro anos, mas que a gente geralmente só corre atrás do prejuízo quando pode ser tarde demais.
Na tentativa de reverter esse processo de calvície, demos início aos tratamentos tópicos, com os produtos da Tricosalus que hoje importamos (xampus, loções, ampolas, óleos essenciais, pelling capilar, entre outros), e também ao tratamento oral, com complementos para correções nutricionais e medicamentos específicos para terapias contra as doenças da calvície.
Após um período de tratamento, os meus cabelos nasceram mais fortes, mas foi primordial estabilizar os hormônios e a carência de nutrientes. Na época, essa carência foi devido a uma dieta desequilibrada, além da constatação de ovário policístico. Contudo, naturalmente, não nasceram novos cabelos nas áreas onde já não existiam mais bulbos, mas fiquei feliz porque a calvície também não aumentou, e eu continuava querendo e sonhando com a cabeleireira que tinha aos 15 anos.
Por isso a prevenção é importantíssima: quanto mais cedo corrermos, maiores serão as chances de evitar problemas permanentes.
E como é que eu me sentia com tudo isso?
Completamente arrasada, astral lá embaixo, não queria e nem tinha vontade de fazer programas onde estivessem outras pessoas que não fossem do meu núcleo familiar. Porque, de cara, ninguém te pergunta nada e nem te olha nos olhos, mas olha diretamente na sua cabeça como se tivesse pena de você.
Aí vem a “pergunta que não quer calar” e que você não quer responder… “Nossa! O que aconteceu?!? Seus cabelos estão tão ralos!”
A esse ponto, você tenta explicar que as mulheres também podem herdar a calvície, etc. Aquilo acaba com a sua autoestima e bem-estar, que já são momentos raros, devido ao espelho te lembrar a todo o momento da sua situação… A dor é grande, a gente chora, acaba se afastando, e as pessoas pensam que você é antissocial, antipática, muito reservada, entre outros adjetivos.
Acabei não usando mais minhas joias, minhas roupas legais, nada combinava com aqueles cabelos. E isso afetou diretamente a minha vida familiar, íntima e social, tomando proporções maiores e se tornando mais grave quando começou a afetar também a minha saúde física e psicológica. Ninguém “morre de calvície”: a calvície mata a gente por dentro.
Foi quando tomei uma decisão: “Vou ao Brasil fazer um transplante!”.
Marquei com a cirurgiã, fiz a consulta e fui informada de que, com a cirurgia, meu cabelo ficaria ótimo!
Estava superconfiante, o meu humor e a minha autoestima estavam nas alturas, apesar da “GRANDE DOR DE CABEÇA QUE É FAZER ISSO”: antes dos cabelos implantados iniciarem o seu crescimento, que demora mais ou menos três meses, a região fica completamente pelada. Ainda bem que na Itália era inverno, e usei e abusei de chapéus e gorros.
A cirurgia procedeu muito bem. Em 10 dias, teria que voltar para ver como estava a cicatrização. E lá fui eu. Já na sala da médica, o diagnóstico foi bom, tudo ok. A não ser pelo fato de que ela me sugeriu fazer mais dois implantes. Juro que não entendi aquela informação e perguntei o porquê! Afinal, com uma cirurgia, já não estava tudo resolvido?!?
Meu primeiro sentimento foi de raiva. Fiquei desiludida, indignada, decepcionada. Passar por tudo de novo?!? NÃO, NÃO e NÃO!!! Tinha vivido a doce ilusão de que tudo estaria resolvido em alguns meses… mas a vida tem que continuar, e eu não desistiria.
De volta à Itália, resolvi procurar outras soluções que pudessem minimizar o meu sofrimento. Falei ao meu marido que queria conhecer o Sistema CNC®. Simplesmente MARAVILHOSO!!! Foi a realização dos meus sonhos, o fim dos meus pesadelos!
Voltei a viver, quebrei as algemas que me impediam de alcançar os prazeres mais simples, como ir ao cabeleireiro, nadar no mar ou na piscina e muito mais. Reencontrei-me, mas, principalmente, voltei a me amar, e isso se refletiu na minha vida. Finalmente, eu estava livre para curtir tudo o que a vida podia me dar.
A partir dessa nova fase nas nossas vidas, começamos a idealizar a possibilidade de trazer esses tratamentos para o Brasil. Não foi tão rápido, porque queríamos conhecer mais sobre o assunto. Comecei fazendo um curso de Tricologia (especialidade em cabelos) junto ao laboratório Revivre, responsável pela produção de toda a linha Tricosalus – produtos dermocosméticos para o tratamento do couro cabeludo e suas patologias.
Além do tratamento de prevenção, temos também o próprio Sistema CNC®, um método que permite à pessoa calva reaver todos os cabelos. Trata-se de um tratamento personalizado e que deve ser compatível com o organismo do paciente.
Esses foram os tratamentos que fiz e que, definitivamente, me permitiram ser a mulher que sou hoje.”
Ana Maria Ventura