Imagine se, de repente (sem que nenhum sintoma se manifestasse), você sofresse uma queda de cabelo em uma ou mais áreas do seu couro cabeludo, como se nesses locais tivesse ocorrido algum tipo de “falha”, deixando-o(a) calvo em regiões específicas. Qual seria a explicação para esse tipo de ocorrência?
Embora para muitos possa parecer algo muito distante, a verdade é que essa é uma situação que acomete muitas pessoas – de acordo com matéria publicada pela Gazeta do Povo, 2% da população mundial. Não raro, a constatação surge por intermédio do cabeleireiro ou de alguém próximo, já que, muitas vezes, elas próprias não percebem tais “falhas”, especialmente quando estas estão na nuca, em meio a uma grande quantidade de cabelos.
Simplesmente, perdem-se tufos de fios que dão lugar a áreas do couro cabeludo completamente lisas, no formato oval ou redondo, caracterizando a chamada “alopecia areata”.
Mas o que vem a ser isso?
Alopecia Areata: o ataque do sistema imunológico aos folículos capilares
A alopecia areata é uma doença considerada autoimune e que se processa assintomaticamente, caracterizando-se pela repentina perda dos cabelos.
A autoimunidade desse tipo de alopecia está relacionada ao mecanismo em que o sistema imunológico ataca os folículos capilares, que são as estruturas produtoras dos fios.
As áreas afetadas por esse tipo de calvície, distantes uma da outra e geralmente resultando em falhas circulares, ficam completamente lisas.
E quais as causas da alopecia areata?
Importantes estudos continuam sendo realizados para investigar as causas da alopecia areata. Até agora, sabe-se que é possível que haja uma predisposição genética no seu surgimento, conquanto essa não seja uma condição obrigatória para a manifestação da doença.
“Há pessoas que não têm qualquer caso na família, e cuja alopecia areata foi desencadeada por um gatilho emocional”, explica a dra. Tânia Mara Andrade, uma das especialistas da equipe médica da Tricosalus. “Ela atinge qualquer idade – desde criança até idoso –, e também não tem qualquer predileção por sexo”, acrescenta. E exemplifica: “Aqui na Tricosalus, a minha paciente mais novinha tem quatro anos de idade, e o meu paciente mais sênior tem 68”.
Em certos casos (a minoria), também há uma associação entre o aparecimento das placas circulares desse tipo de alopecia e a existência de outras doenças autoimunes, como alterações na tireoide, diabetes, vitiligo e lúpus, sendo esses os seus fenômenos desencadeantes. Além disso, naqueles que já são predispostos geneticamente, o estresse é outro fator que pode vir a desencadear a alopecia areata.
No caso da paciente de quatro anos, por exemplo, a dra. Tânia pontua que o aparecimento da doença se deu após a perda do pai da menininha – o que remete à interferência do aspecto emocional na alopecia areata, incluído nos fatores elencados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) a esse respeito: fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro.
Por se tratar de uma doença na qual o sistema imunológico ataca os folículos, a alopecia areata não se manifesta exclusivamente no couro cabeludo, podendo atingir outras regiões, tais como as sobrancelhas, os cílios, a barba ou qualquer outro local do corpo onde existam pelos.
Da alopecia areata à alopecia total e/ou universal: as possibilidades de retrocesso ou de avanço da doença
Tanto existe a possibilidade de remissão quanto a de evolução da alopecia areata.
No caso da remissão da doença, ocorre que, por não haver comprometimento cutâneo, a área calva mantém os folículos vivos. Assim, é possível que os fios tornem a crescer sem a necessidade de qualquer tratamento (embora o tratamento seja também recomendável. Mais abaixo, entenda o porquê).
Essa repilação pode ocorrer totalmente em semanas ou, até mesmo, dentro de alguns meses. Em alguns casos, porém, os cabelos/pelos podem nascer brancos e finos, para somente depois se repigmentar e retomar a sua consistência normal.
No caso da sua evolução, ocorre que, apesar do espaçamento inicial entre uma área afetada e outra, é possível que, com o surgimento de novas lesões, estas aumentem ao ponto de se unir, sucedendo aí a perda completa dos fios, chamada de “alopecia total”.
Por fim, existem ainda situações extremas, quando todos os cabelos e pelos do corpo caem. Nesse caso, estamos falando da “alopecia areata universal”.
Como é o tratamento da alopecia areata? E por que tratar?
Apesar de não ser curável, a alopecia areata pode – e deve! – ser tratada, especialmente porque, muitas vezes envergonhadas da sua própria imagem, muitas pessoas que desenvolvem a doença chegam a se privar do convívio social, sentindo-se inseguras.
As indicações de tratamento, assim como a realização do correto diagnóstico, devem ser feitas por um profissional qualificado na área, que é o médico dermatologista – preferencialmente, aquele com conhecimento em patologias do couro cabeludo.
Para dermatologistas com conhecimento em patologias do couro cabeludo, você também pode contar com a equipe médica da Tricosalus, que realizará uma avaliação completa e, claro, indicará o tratamento mais efetivo para o seu caso.
Se deseja agendar uma consulta com um time de especialistas com comprovada experiência na área, entre em contato pelos telefones (11) 4550-1420 ou (11) 98348-0349 (WhatsApp). Estamos à sua disposição!